quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Reinaldo Azevedo, leitor de Safatle (parte I)

Parte 1 (este texto)
Final?

Reinaldo Azevedo, desmoralizador de filósofos

Entre os textos publicados sobre a invasão da reitoria da USP de 2011, há um de Vladimir Safatle que Reinaldo Azevedo resolveu "desmoralizar" (palavra dele, não minha). Para manter o formato escolhido pelo colunista, seguem abaixo o texto de Safatle, em vermelho, de Azevedo, em azul, e meus comentários, em preto mesmo (mudei a cor do texto de Azevedo na introdução, de preto para azul, para evitar confusão).

O nome do post de Reinaldo, para que não paire nenhuma dúvida sobre sua opinião, é "A coluna abjeta e mentirosa de um professor da USP, colunista da Folha e partidário de Haddad". Apenas duas observações aqui. Reinaldo tem o cuidado de chamar a coluna de "abjeta e mentirosa" e não o colunista. Uma técnica comum para evitar problemas jurídicos. Segundo, a qualificação de Safatle como "partidário de Haddad" é interessante, pois expõe o objetivo implícito do colunista durante todo o episódio, atacar partidários (reais ou imaginários) de Fernando Haddad na USP. 



Esse rapaz tem algumas notáveis contribuições ao pensamento. É aquele cara que, quando articulista do Estadão, escreveu um texto justificando o terrorismo, nas pegadas de um delinqüente internacional chamado Slavoj Zizek. 

Na parte dois desta série eu vou examinar o texto no qual Reinaldo imagina que Safatle está justificando o terrorismo, na verdade uma resenha de dois livros de Zizek publicada em 2009. Por hora, ficamos apenas com o aperitivo fornecido pelo colunista no texto atual.

Num texto arrevesado, Safatle sustentou que “Zizek quer mostrar como os fatos decisivos da história política mundial desde a Revolução Francesa foram animados pelo advento de uma noção de subjetividade que não podia mais ser definida através da substancialização de atributos do ‘humano’ e cujos interesses não permitiam ser compreendidos através da lógica utilitarista da maximização do prazer e do afastamento do desprazer.” É quase incompreensível, mas eu traduzo. Safatle está endossando a tese de Zizek segundo a qual o repúdio que temos ao terrorismo decorre de nossa pobre lógica utilitarista de maximização do prazer e do afastamento do desprazer. Os terroristas pensam de modo diferente, entenderam? É asqueroso!

A quantidade de erros de entendimento em um parágrafo tão pequeno é surpreendente. Reinaldo devia mostrar onde "Safatle está endossando" alguma coisa, visto que o texto é uma descrição. Em segundo lugar, ainda que Safatle concorde com Zizek, esse trecho de modo algum "justifica o terrorismo", exceto talvez para o analfabetismo funcional filosófico de Azevedo. É sabido que os conservadores não entenderam o pós-estruturalismo, o estruturalismo, a fenomenologia e na verdade toda a filosofia desde Hegel e Nietzsche, exceto através de alguns slogans cuidadosamente pinçados. Mas Reinaldo aqui vai mais longe e estende sua ignorância a Kant e aos utilitaristas ingleses. Porque no fim é isso que [Safatle diz que] Zizek está dizendo. A partir da Revolução Francesa, de Kant e do sujeito transcendental surge uma moral imperativa, não mais inteligível pela lógica utilitarista das escolhas morais. Só isso. Escapa a Reinaldo que essa dicotomia entre a moral "empírica" dos utilitaristas e a moral kantiana do Imperativo Categórico possa ser aplicada a nosso entendimento dos fatos políticos. Aliás, escapa a Reinaldo que um filósofo possa se dedicar a explicar o que é, sem necessariamente com concordar com o que vê...

Muito bem! Safatle escreve hoje na Folha sobre a USP. Suas tolices, simplificações e mistificações seguem em vermelho. Eu o desmoralizo de novo em azul.

O que me impressiona é que o público de Azevedo realmente acha que ele sabe do que está falando. Basta que ele chame alguém de petralha ou analfabeto, apresente dois ou três erros de ortografia em um email apócrifo ou distorça razoavelmente bem alguma frase e sua claque já está lá, aplaudindo de pé. 

Reinaldo e a decadência da Filosofia

As reações ao que ocorreu na USP demonstram como, muitas vezes, é difícil ter uma discussão honesta e sem ressentimentos a respeito do destino de nossa maior universidade. Se quisermos pensar o que está acontecendo, teremos que abandonar certas explicações simplesmente falsas.
Entendi. Quem discorda de Safatle é desonesto e ressentido. Quem concorda é bacana. Quem está com ele está com a verdade, quem não, com a falsidade. Então vamos ver agora quem mente. Eu me constranjo um pouco de chutar o traseiro intelectual deste senhor porque ele é muito ruim, mas fazer o quê?
 

Se você ler sem pressupostos as duas frases de Safatle, a introdução de seu pequeno artigo, entenderá que a proposta do texto que se segue é: a. pensar o que está acontecendo na USP sem recorrer a falsas explicações b. indicar que as reações (inúmeras, quase unânimes na grande imprensa e mesmo entre "independentes" como o Alon Feurwerker) recorreram a argumentos informados mais pelo ressentimento que pelos fatos c. argumentos muitas vezes desonestos (Reinaldo repetirá alguns a seguir). Observe que Safatle não chama seus interlocutores de desonestos ou ressentidos (senão seus argumentos na discussão). Nem diz que trás consigo a verdade (mas sim que é preciso descartar explicações falsas). Como se nota, Reinaldo Azevedo imediatamente veste a carapuça. 

Primeiro, que o epicentro da revolta dos estudantes seja a FFLCH, isto não se explica pelo fato de a referida faculdade estar pretensamente “em decadência”. Os que escreveram isso são os mesmos que gostam de avaliar universidades por rankings internacionais.
É uma falsa clivagem. Quem é “que gosta de avaliar universidades” por rankings? Como Safatle vai defender que a USP é um território autônomo e vai mimar maconheiro com o objetivo de atacar, mais uma vez, a polícia, o governo do Estado e a ordem,  então ele precisa ficar criando divisões na universidade.
 

É interessante que o alvo de Safatle aqui não é Azevedo mas (possivelmente) Vinicius Mota, colunista da Folha que dias antes escreveu um artigo no qual, após louvar os primórdios da Faculdade de Filosofia lá nos anos 30 ("A escola formou quadros que tomaram posições em governos. Formou Fernando Henrique Cardoso, mais tarde presidente da República.") diz coisas como "É triste testemunhar a decadência sem elegância a que se entrega a faculdade de filosofia, rebatizada de FFLCH", que por acidente ou premeditação confunde a FFLCH inteira com a Filosofia, ignorando até que o confronto inicial com a PM, lá onde havia a maconha, foi protagonizado principalmente por alunos da História e da Geografia.

Agora, é importante prestar atenção. Safatle NÃO vai defender "que a USP é um território autônomo"  nem "mimar maconheiro". Reinaldo simplesmente inventou isso para justificar seu ataque pessoal a Safatle. Quanto às divisões, somente alguém que ignore completamente a política universitária e científica global (não só brasileira) pode desconhecer como os rankings de cursos e universidades são utilizados para justificar uma série de decisões dos gestores das universidades. Azevedo, aparentemente, sofre desse tipo de ignorância completa. 

Mas, vejam que engraçado, segundo a QS World University Ranking, os Departamentos de Filosofia e de Sociologia da USP estão entre os cem melhores do mundo, isso enquanto a própria universidade ocupa o 169º lugar. Ou seja, se a USP fosse como dois dos principais departamentos da FFLCH, ela seria muito mais bem avaliada.
Safatle, diga aí: é gostoso ser um vigarista intelectual? Deve ser, né? Essa sua clivagem só seria verossímil, ainda que continuasse falsa, se houvesse qualquer relação de causa e efeito entre a suposta repulsa da FFLCH à polícia e sua qualidade e entre o apoio à polícia das outras unidades e sua suposta falta de qualidade. Mais: forçoso seria que repulsa e apoio nesses dois grupos fossem unânimes. Sejam lá quais forem as qualidades do Departamento de Filosofia, elas não decorrem desse tipo de pilantragem argumentativa.
 

A pilantragem argumentativa é toda de Azevedo (ou o analfabetismo funcional seletivo, vai saber). Safatle não disse que há uma relação de causa e efeito entre a repulsa à polícia e a qualidade dos cursos da FFLCH. Apenas usa o ranking da QS World para desmentir a suposta decadência da faculdade de Filosofia da USP. Aliás, nem é preciso recorrer a rankings estrangeiros. Os programas de pós-graduação da Filosofia e da Sociologia da USP receberam, respectivamente, nota 6 e 7 na última avaliação da CAPES. A maioria dos departamentos da FFLCH tem notas similares, juntamente com inúmeros outros cursos da USP. Algo muito pouco surpreendente, já que estamos falando daquela que é considerada a melhor universidade da América do Sul. 

A brava polícia paulista

Segundo, não foram alunos “ricos, mimados e sem limites” que provocaram os atos. Entre as faculdades da USP, a FFLCH tem o maior percentual de alunos vindos de escola pública e de classes desfavorecidas. Isso explica muita coisa.
Isso não explica coisa nenhuma! Como a maioria da USP é favorável à presença da PM e como a ação da polícia contou com o apoio de mais de 70% dos paulistas, Safatle está tentando agora brincar de luta de classes dentro do campus. Mas isso é o de menos. Ele está querendo esconder o óbvio. Clique aqui mais tarde e leia reportagem do Globo evidenciando quem são alguns  dos invasores. Um é filho de empresário, outro de engenheiro, três outros de professores que ocupam cargos de direção em outras universidades… 

Santa extrapolação, Batman. Como alguns dos integrantes da invasão à reitoria (na minha opinião ilegítima, errada e injustificada, mas não é disso que eu ou Safatle estamos tratando aqui) são supostamente de famílias de classe média ou classe média alta, então a FFLCH não tem "o maior percentual de alunos vindos da escola pública e de classes desfavorecidas", Reinaldo? Ou o fato deles virem da escola pública e de classes desfavorecidas não explica nada? Não? A experiência de vida de um estudante de escola pública da periferia é a mesma de um estudante de escola particular do Morumbi ou de Pinheiros, é isso? As experiências dos dois grupos em seus contatos com a polícia é idêntica e comparável? Mesmo? 

Para alunos que vieram de Higienópolis, a PM pode até significar segurança, mas aqueles que vieram da base da pirâmide social têm uma visão menos edulcorada.
Eles conhecem bem a violência policial de uma instituição corroída por milícias e moralmente deteriorada por ser a única polícia na América Latina que tortura mais do que na época da ditadura militar.
Não há nada estranho no fato de eles rirem daqueles que gritam que a PM é o esteio do Estado de Direito. Não é isso o que eles percebem nos bairros periféricos de onde vieram.
 
“Polícia corroída por milícias”? Ele está se referindo à PM do Rio? O TEXTO DE SAFATLE me dá nojo. Literalmente! Felipe de Ramos Paiva, o estudante assassinado na USP, era aluno da FEA (que Safatle deve considerar faculdade dos ricos) e morava em Pirituba, na periferia. Era filho de gente pobre. Mais: tivesse um mínimo de amor pela ciência, forçoso seria o professor ter em mãos  uma pesquisa que cruzasse renda e origem social com opinião sobre a PM na USP. Mas ele não tem. Recorre a um truque de uma picaretagem  intelectual e conceitual que assusta: alunos da FFLCH seriam pobres, da periferia e da escola pública — e, por isso, contra a presença da PM. Já os das demais unidades seriam ricos, das áreas nobres e da escola particular — e, portanto, favoráveis à polícia.  ELE NÃO TEM ESSES DADOS. Conclui-se desse raciocínio que os pobres são contra a presença da polícia em seus bairros. 

Não é lindo quando o serrismo de Reinaldo aparece assim, a olho nu? Aprendemos que só existem milícias então na polícia do Rio, controlada por aqueles malditos lulistas, Cabral e Beltrame. Não em São Paulo, não na brava terra tucana.  É aqui a gente prefere esquadrões da morte. 

Vale prestar atenção ao recurso retórico de baixíssimo nível da alusão ao homicídio de Felipe. Felipe que não está aqui para ser ouvido, então pode ter sua memória expropriada por Reinaldo sem maiores consequências.

Mas o que chama a atenção também é o que está ausente do argumento de Azevedo, o que transborda e fica de fora. Preocupado com as milícias, Reinaldo deixa em branco a segunda parte da frase de Safatle, "moralmente deteriorada por ser a única polícia na América Latina que tortura mais do que na época da ditadura militar". Como se fosse um dado secundário, mas na verdade por ser uma dado irrespondível (aliás, a brava ex-vereadora e ex-subprefeita Soninha outro dia escreveu um texto sobre a USP, dizendo que pensou bem e prefere mesmo uma polícia militarizada. O bom da Soninha é que a última coisa que se pode esperar dela é coerência).

Reinaldo pede dados. Dados que ele sabe que existem, mas finge não saber para não estragar seu argumento, né? Então tá, lá vão os dados.Em dezembro de 2010 o IPEA lançou o SIPS, Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre Segurança Pública (link para o pdf original). Os dados indicam que não só a confiança da população na Polícia Militar é muito baixa (70% da população confia pouco ou não confia na PM) como o grau de confiança é diretamente proporcional à idade. Quanto mais jovem o pesquisado, menos confiança na polícia. Ou seja, o quadro é ainda pior que o pintado por Safatle. Incidentalmente, as tabelas 12 e 13 da mesma pesquisa mostram também que conforme aumenta a renda e a idade, mais pessoas tendem a achar que a polícia respeita os direitos civis dos cidadãos. 

Não é a maconha, estúpido!

Terceiro, a revolta dos estudantes nada tem a ver com o desejo de fumar maconha livremente no campus. A descriminalização da maconha nunca foi uma pauta do movimento estudantil.
Que “movimento estudantil”? Foi o “movimento estudantil” que invadiu dois prédios e impediu a PM de cumprir o papel que lhe garante a Constituição? Cadê o PCO, a LER-QI e o  Negação da Negação no texto de Safatle?
 

Reinaldo esquece o que Safatle escreveu para negar que exista um "movimento estudantil". É que aqui a sua afirmação de apenas dois parágrafos atrás, de que Safatle ia "mimar maconheiro" já começa a fazer água, então ele muda de assunto. 

Tem também esse problema de excluir partes do todo, né? Ou os grupos do ME ligados ao PCO, ao LER-QI e à Negação da Negação por algum motivo não são eles também parte do movimento estudantil? 

Infelizmente, o incidente envolvendo três estudantes com um cigarro de maconha foi a faísca que expôs um profundo sentimento de não serem ouvidos pela reitoria em questões fundamentais.
É mentira! A USP tem 89 mil estudantes. A invasão da reitoria foi decidida por 300, e efetivada por menos de 100. Isso revela a seriedade do argumento.
 

Reinaldo adora responder o que não foi perguntado, né? Safatle não está discutindo a invasão da reitoria, mas sim um sentimento generalizado na USP que tem produzido não só as reações infantis de grupos mais extremados mas também muita discussão e assembleias com volume de participação inédito em anos. A própria assembleia onde se deu o golpe da invasão da reitoria começou com mais de mil participantes. Depois dela aconteceram reuniões com 3000 estudantes. Quando tiver uma assembleia com 40 mil será que o Reinaldo para com o fetiche do 89 mil? Ou representação só é bom quando ele gosta do resultado? 

Era o que estava realmente em jogo. Até porque, sejamos claros, mesmo se a maconha fosse descriminalizada, ela não deveria ser tolerada em ambientes universitários, assim como não se tolera a venda de bebidas alcoólicas em vários campi.
Ah, a quem este rapaz pensa que engana? Aqui ele decide demonstrar seu repúdio à maconha para sugerir que pretende discutir coisas mais importantes.
 

"Demonstrar seu repúdio 'a maconha", Reinaldo? Isso sim é desonestidade intelectual. Está escrito ali. Vai ler. Safatle disse que mesmo que legal, a maconha não deveria ser usada nos campi. Como não se tolera a venda de álcool ou mesmo cigarros. Na retórica analfabeta de Reinaldo, Safatle quer "demonstrar" aqui que repudia a maconha. Não é isso que está escrito. Safatle quer afirmar (e não demonstrar) que o incidente da maconha foi apenas a gota que fez transbordar o copo do reitor... 

Gramatofilia, doença infantil do colunismo

Quando ocorreu a morte de um aluno da FEA, vários grupos de estudantes insistiram que a vinda da PM seria uma máscara para encobrir problemas sérios na segurança do campus, como a iluminação deficiente, a parca quantidade de ônibus noturnos, a concentração das moradias estudantis em só uma área e a falta de investimentos na guarda universitária. Isso talvez explique porque 57% dos alunos dizem que a presença da PM não modificou em nada a sensação de segurança.
Espero que o “porque” de Safatle, no lugar de “por que”, seja só um erro da revisão. Mas isso é o de menos. O problema desse rapaz é o erro de pensamento. As condições gerais da USP podem melhorar com ou sem polícia; uma coisa não depende da outra. “Sensação de segurança” não salva ninguém, mas a segurança efetiva sim! Depois da presença da PM no campus, os furtos de veículos caíram 90%. Já roubos em geral tiveram redução 66,7%. Roubos de veículos caíram 92,3%. Esses são os fatos.
Safatle integra o grupo da USP que pretende, a partir de um incidente protagonizado por uma minoria de extremistas, criar um casus belli. O objetivo, já denunciei, é fazer no ano que vem “a maior greve em 10 anos”. O confronto entre maconheiros e PM, Safatle tem razão em certa medida, é só a falsa questão. A razão de fundo é eleitoral. Safatle também integra a turma dos “inteliquituais” engajados na candidatura de Fernando Gugu-Dadá Haddad à Prefeitura.
Gugu-Dadá Haddad é aquele que, num rasgo de sinceridade, afirmou, censurando a ação da PM contra os invasores, que “não se pode tratar a USP como se fosse a Cracolândia e a Cracolândia como se fosse a USP”. Ou seja: ele estava dizendo que polícia é coisa pra pobre. Safatle deve concordar, não é?, ao contrário do que diz em sua coluna abjeta.

Reinaldo Azevedo tem uma doença funcional que acomete muitos professores e ex-professores de Português, o fetiche ortográfico-gramatical. Ele imagina que o erro ortográfico ou gramatical se traduz sem intermediários em erro do pensamento. Esse sentimento se insere perfeitamente como pano de fundo para o ódio de Reinaldo e seus pares a Lula, o sujeito que fala errado, escreve errado e não lê. Logo, diz o gramatofílico, pensa errado. Esse erro básico de entendimento ajuda a explicar porque essa gente se deixou hipnotizar por Lula e perdeu até aqui três eleições nacionais atirando no alvo errado. Mas isso é assunto para outro dia.

De qualquer forma, fica claro que a razão real para todo esse fascinante exercício de distorção é, na visão de Reinaldo, a eleição para a prefeitura de São Paulo. Reinaldo na verdade só consegue ver o mundo a partir da perspectiva de José Serra, seu mentor último. Assim, misturam-se a defesa de Rodas e da PM ao ataque a Safatle, visto que esse último é um adversário intelectual que não pode ser ignorado (ou Reinaldo não estaria perdendo tanto tempo com ele, não é?).

No próximo capítulo continuaremos essa descida ao inferno da desinteligência reinaldiana para examinar como nosso herói é capaz de criticar com paixão textos de filósofos que ele aparentemente sequer leu, quanto mais entendeu.  

4 comentários:

  1. "Não é lindo quando o serrismo de Reinaldo aparece assim, a olho nu?"

    Hahaha

    Petralha detected!

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  2. Uau!

    Cê mal começou o blog e já te apareceu um trollha?

    Não duvido que seja o próprio Reinaldo, vide o "argumento" beavis&buttheadiano... he he he coool...

    Enfim, parabéns pela iniciativa!

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  3. Engraçado, pessoas que fazem comentários como o primeiro da lista se escondem sempre sob o manto do anonimato. O texto é muito bom! Parabéns!

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  4. Finalmente! Achei que o mundo estava perdido após ler a quantidade de pessoas que seguem esse Reinaldo Azevedo, que não sabe nada de filosofia, tampouco de política. (talvez seja por isso que as pessoas o leem...)

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